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Quinta-feira, 03 de Outubro de 2024
Técnicas de reconstrução mamária pós-mastectomia: entenda as diferenças e recomendações

Saúde

Técnicas de reconstrução mamária pós-mastectomia: entenda as diferenças e recomendações

Leia o artigo do cirurgião plástico da Unimed Araxá, Dr. Henrique Coraspe

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Fazer uma cirurgia para retirada das mamas pode ser um processo difícil e complicado para muitas mulheres que enxergam nos seios parte de sua feminilidade. Muitas veem sua autoestima abalada após a remoção da mama, atingida pelo câncer. A reconstrução mamária é uma forma de devolver parte do que foi retirado junto com a saúde da mulher: o bem-estar com o corpo.

 

O que percebemos hoje em dia é que poucas mulheres sabem sobre os tipos de cirurgias que existem. Nem todas sabem que podem usar o processo de reconstrução para igualar o tamanho dos seios ou aumentar levemente algum deles.

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Existem diversos tipos de cirurgia para reconstrução da mama. A escolha de uma delas vai depender do tratamento ao qual a paciente foi ou será submetida, além de sua saúde geral e de seus objetivos. Vários fatores podem interferir como, por exemplo: posição e tamanho do tumor, se a paciente pretende fazer a cirurgia nas duas mamas; se está feliz com suas mamas ou deseja aproveitar a oportunidade para realizar alguma mudança. Essas e outras questões precisam ser consideradas.

 

Prótese de silicone

O implante de prótese de silicone é uma das cirurgias mais comuns entre as pacientes que retiraram completamente a glândula mamária, entre outras palavras, o conteúdo da mama. Pode ser uma ferramenta em casos onde não houve grande comprometimento na quantidade de pele nos seios.

 

Uso de expansores

No caso do uso de expansores, existem dois métodos que podem ser escolhidos. Um que envolve duas cirurgias, e outro em que apenas um procedimento cirúrgico é realizado. Geralmente estes são indicados quando for necessária a retirada de uma grande quantidade de pele.

 

No primeiro, uma cirurgia é feita para inserir uma prótese vazia na mama da paciente. Ao longo do tempo, é introduzido nessa prótese soro fisiológico, até que a pele se estique e atinja o tamanho ideal para a realização da segunda cirurgia. É nessa outra fase que a prótese definitiva é colocada.

 

Já na segunda opção, um expansor vazio definitivo é colocado na mama da paciente. Este implante é híbrido e possui uma parte de silicone gel e outra para preenchimento com soro fisiológico, que deve ser inserido gradualmente até que a prótese alcance o tamanho desejado. Nesse caso, não é necessária nenhuma outra cirurgia.

 

Geralmente, a válvula por onde se injeta o soro deve ser retirada

alguns meses após a cirurgia. Pode ser feito através de um procedimento simples com anestesia local.

 

Transferência de retalhos de pele e músculo

Esse tipo de reconstrução mamária consiste em retirar tecido de outra área do corpo para inseri-lo na mama, reconstruindo-a completamente. O processo pode envolver tanto retalhos de gordura e músculo do abdômen, como também pele ou retalhos de músculo das costas da paciente. A escolha vai depender de uma série de fatores avaliados junto ao médico. Atualmente, esse procedimento é considerado o padrão ouro para a reconstrução de mamas em casos complexos, sendo o tratamento mais indicado.

 

Transferência de gordura

A transferência de gordura consiste na lipoaspiração de regiões do corpo com alguma gordurinha em excesso que, após um preparo adequado, será enxertada na região das mamas. Mulheres com mamas de volume pequeno podem ter mamas reconstruídas exclusivamente com sua própria gordura. O mais comum é associar este procedimento às outras técnicas. Seu grande benefício é reduzir os efeitos deletérios da radioterapia, favorecendo as reconstruções tardias.

 

Dr. Henrique Coraspe

 cirurgião plástico

FONTE/CRÉDITOS: Ascom Unimed
FONTE/CRÉDITOS (IMAGEM DE CAPA): Ascom Unimed
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