No dia 24/01/2025, por volta das 10h30, foi registrada ocorrência policial noticiando o desaparecimento e um jovem de 21 anos de idade. Segundo o que foi relatado pelos familiares do mesmo, ele teria saído de casa por volta das 09h para trabalhar. Entretanto, neste horário ele enviou uma mensagem para a mãe com o dizer “SOCORRO” e não foi mais visto.
Assim, a partir da notícia do seu desaparecimento, foram realizadas diligências ao longo de todo o dia visando o esclarecimento dos fatos. Já durante a noite, em torno das 18h, o jovem apareceu na casa de familiares e foi levado até a UPA local para realizar exames médicos. No local, ele conversou com a equipe de policiais da 2ª DRPC.
A versão do jovem
Em suma, ele alegou que quando deixava a sua casa, pela manhã, três homens que estavam em um carro sedã, na cor preta, teriam o ameaçado gravemente com uma arma de fogo e o obrigado a caminhar até uma mata localizada a cerca de 4km da sua casa.
Na mata o jovem teria sido amarrado a uma árvore e submetido a horas de tortura física e psicológica. Em determinado momento, depois que os supostos agressores deixaram o local, ele teria conseguido se desvencilhar das cordas e fugido.
Investigações
Indagado sobre os supostos motivos que teriam levado os suspeitos a cometerem tais atos, o jovem informou que não havia se envolvido em nenhuma briga ou discussão em data recente. Afirmou que não é usuário de drogas e não teria dívidas com terceiras pessoas, além de ter declarado que acreditava que poderia ter sido confundido com outrem.
A partir das informações fornecidas, policiais civis, militares e agentes do videomonitoramento municipal, procuraram e identificaram câmeras de vigilância instaladas no trajeto percorrido por ele. De fato, as imagens obtidas mostraram o jovem caminhando por ruas e avenidas da cidade, sozinho, mas o suposto veículo onde estariam os agressores, que teria seguido o jovem no decorrer de todo o percurso, não foi identificado. Aliás, nenhum veículo com as características fornecidas por ele apareceu nas imagens.
Ademais, apesar de ter sido submetido a diversos exames médicos na UPA local, o jovem não apresentava nenhuma lesão corporal. Não foram identificadas marcas eventualmente causadas pelo atrito das cordas em seu corpo, não haviam equimoses, escoriações ou outro tipo de lesão correspondente à brutal violência que ele alegou ter sofrido.
Por fim, impende ressaltar que um fato chamou a atenção dos agentes de segurança: o trajeto percorrido por ele estava repleto de pessoas, veículos e estabelecimentos comerciais em funcionamento. Além disso, ele permaneceu desacompanhado durante todo o tempo, mas em nenhum momento o jovem pediu ajuda a alguém.
Por fim, diante de todos os elementos que foram obtidos pela PCMG, foi descartada a existência dos fatos criminosos descritos. As investigações prosseguem no sentido de compreender o que, de fato, ocorreu.
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